Laringite

Laringite

Laringite é o termo utilizado para descrever a inflamação da laringe que faz com que sua voz se torne rouca ou áspera.

Essa inflamação faz com que suas cordas vocais fiquem irritadas ou inflamadas, fazendo com que os sons produzidos pelas cordas vocais sejam distorcidos.

Em alguns casos a voz do paciente pode ficar totalmente imperceptível, mas na maioria dos casos o quadro não é tão grave, desaparecendo em semanas.

Tipos de laringite

A laringite pode ser classificada em três tipos:

• Laringite crônica: diretamente ligada ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas e cigarros, também pode ser causada por outras doenças como câncer de laringe, sarcoidose, policondrite, refluxo e outras doenças autoimunes, e pode durar semanas.
• Laringite por refluxo: é a inflamação decorrente da constante subida do conteúdo gástrico pela laringe, muito comum em pessoas acamadas e bebês. Nesses casos o tratamento visa melhorar a digestão e prevenir o refluxo.
• Laringite aguda: pode estar relacionada com doenças como sarampo, difteria, catapora e rubéola, além de também poder estar relacionada a infecção viral com duração de até 7 dias. Caso o otorrinolaringologista suspeite de outras doenças pode ser solicitado exame de sangue para descartar essas possibilidades.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para desenvolvimento da laringite são:

• Constante exposição a substâncias como fumaça de cigarros, contato com produtos químicos no trabalho;
• Excesso de ácido estomacal;
• Bronquite, sinusite e outras infecções respiratórias;
• Uso excessivo da voz, gritando ou falando muito alto.

Sintomas da laringite

A rouquidão é o principal sintoma da laringite, mas é possível que outros sintomas se manifestem, dependendo das condições em que o indivíduo se encontra.

Os sintomas mais vistos nesses casos são:

• Tosse seca;
• Dificuldade para engolir;
• Garganta seca ou inflamada;
• Rouquidão
• Febre;
• Perda de voz.

Nos casos de laringite infantil os sintomas são muito parecidos aos apresentados pelos adultos, mas o principal sinal é a tosse seca, ou a famosa “tosse de cachorro”, notada principalmente durante a noite.

Diagnóstico e exames

O diagnóstico da laringite pode ser feito apenas com a realização de um exame físico onde o médico sentirá o pescoço do paciente, na intenção de encontrar caroços ou áreas mais sensíveis. Nariz, boca e garganta também podem ser avaliados se o médico julgar necessário.

Quando o paciente tem problemas de rouquidão sem uma causa aparente que dure por mais de duas semanas é possível que seu médico faça um encaminhamento para um otorrinolaringologista.

Nesses casos, o otorrinolaringologista pode solicitar os exames de vieolaringoscopia e biopsia.

A videolaringoscopia utiliza uma câmera para fazer imagens da laringe para que seja possível detectar tumores, nódulos ou pólipos que possam ser os causadores da doença.

Tratamento

O tratamento caseiro costuma ser suficiente na grande maioria dos casos de laringite.

As principais recomendações para o tratamento caseiro da laringite são:

• Descansar a voz;
• Manter o ambiente sempre úmido, se possível com o uso de umidificadores de ambiente;
• Não pigarrear;
• Ingerir bastante líquido;
• Evitar o fumo, assim como permanecer em ambientes onde as pessoas estejam fumando.

Nos casos onde a causa da laringite for o refluxo gastroesofágico o mais indicado é buscar tratamento para curar o refluxo.

Em alguns casos apenas os cuidados caseiros podem não ser suficientes para eliminar a laringite totalmente. Nessas situações o médico pode recomendar o uso de medicamentos como antibióticos ou corticosteroides.

Quando diagnosticada a laringite crônica em pacientes que utilizam muito sua voz, como palestrantes e cantores, é possível que seja necessário um tratamento específico para a fala, e caso as cordas vocais tenham sido danificadas o médico pode solicitar a realização de cirurgia.

Como prevenir a laringite?

Algumas atitudes simples podem ajudar a prevenir problemas nas cordas vocais, como por exemplo:

• Beber muita água;
• Evitar limpar a garganta;
• Não fumar ativa ou passivamente;
• Consumir quantidades pequenas de cafeína e álcool.